História
Mâncio Lima nasceu de um povoado denominado “Vila Japiim”, elevada em 1913 pelo Capitão Regos Barros. Japiim pássaro de plumagem preta e amarela muito comum na região do Vale do Juruá. Também foi o nome do povoado que deu origem ao município de Mâncio Lima. Só em 14 de Maio de 1976 foi assinada a Lei nº 588, que elevou oficialmente Mâncio Lima a categoria de Município. Mas, apenas em 30 de Maio de 1977 – Mâncio Lima conquistou sua autonomia e emancipação com a posse do primeiro Prefeito.
O município está localizado as margens direitas do Paraná Japiim, Área há: 550.223,0445, perfazendo uma área de 5.451,1 Km2 que se estende a 30 Km da foz do Rio Môa, após aproximadamente um quilometro de restinga, na região Norte do Brasil, extremo oeste da Amazônia e no ponto mais ocidental do País. Limita-se com os municípios de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves e com a Republica do Peru. Está diretamente ligado aos dois municípios, pela BR 364, totalmente pavimentada, numa distância de 36 Km de Cruzeiro do Sul e aproximadamente 30 Km de Rodrigues Alves, sendo também o mais distante da Capital a 700 Km de distancia e seu acesso pode ser feito por via área e em alguns meses do ano por via terrestre em precárias condições.
Mâncio Lima conta ainda com o Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD) que é o quarto maior parque nacional do país, possuindo uma área de aproximadamente 843.000 há. O Parque foi criado em 16 de junho de 1989 pelo Decreto Federal nº 97.839, como parte de uma política ambiental, objetivando a criação de um cinturão de proteção florestal nas áreas de fronteira do país. O PNSD é uma Unidade de Conservação(UC) de proteção integral, destinada à preservação dos ecossistemas e a fins científicos, culturais, educativos e recreativos, sendo administrada pelo Governo Federal através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. A Localização do Parque abrange cerca de 53% da área total do município de Mâncio Lima.
O Município de Mâncio Lima tem uma área de 5.451,1 Km2, equivalendo a 15,85% da área da Regional Juruá e a 3,06% da área total do Estado.
O Município de Mâncio Lima possui três reservas indígenas: a dos Poyanawas que possui uma população de 403 pessoas, a língua falada é o Pano e sua extensão por hectares é de 21.214 a situação jurídica da mesma é declarada; os Nukinis possuem um população de 425 pessoas, a língua falada também é o Pano a sua extensão por hectares é de 27.264 e sua situação jurídica já está registrada; os Nauas, estão passando por um processo de reconhecimento, já foi realizado um estudo por uma antropóloga e o processo está sendo estudado, até então os mesmos não são reconhecidos como índios Nauas.
Em Mâncio Lima não existe serviços de transporte coletivo urbano, nem sistema ferroviário. O transporte rodoviário é feito através da Rodovia BR – 364. No Município está instalada a 10º Companhia Regional de Transito (CIRETRAN).
Além dos meios de comunicação de massa (radio, televisão), com transmissão do município vizinho de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima conta com uma representação da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos). A sua infra-estrutura de telecomunicações é dotada de 450 terminais. A quantidade de terminais em serviço aumentou nos últimos dois anos. Em Mâncio Lima existe sistema de telefonia móvel empresa VIVO.
A ultima contagem populacional realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico – IBGE mostra em Mâncio Lima uma população de 16.410 habitantes residentes na área do município.
A população rural reside às margens dos rios e igarapés da região, em pequenas comunidades. Cerca de 0,5% dessas possuem energia elétrica, porém não contam com água tratada. As residências do interior são, em sua grande maioria, construídas de forma rústica, cobertas com palha e sem divisão de cômodos.
A alimentação baseia-se na carne silvestre, farinha de mandioca, alguns cereais e legumes.
O Município de Mâncio Lima desde os seus primórdios é agrícola. Tendo como cultura à mandioca, milho, arroz e feijão..., com grande escala das áreas exploradas (beneficiada), com a mandioca onde predomina a produção de farinha.
A sede do município é atendida com energia elétrica, de fornecimento contínuo e telefonia fixa e móvel. O município tem um potencial muito grande para o artesanato local, sendo ainda deficiente por não contar de um apoio mais aprofundado nesta área.
Na área de habitação predominam as construções em madeira, por ser abundante na região, com sensível redução de qualidade nas periferias. O êxodo rural já fez surgir à ocupação irregular de áreas urbanas, provocando a formação de vários bairros. As residências são edificadas em madeira de lei e cerca de 15% possui banheiros com fossa sumidouro. Apenas 2% das ruas são pavimentadas com asfalto ou tijolos maciços.
A realidade Municipal, apesar dos progressos alcançados nestes últimos anos, apresenta um cenário social no qual persistem situações perversas do Índice de Desenvolvimento Humano e condições de vida. A estruturação urbana da cidade que, inegavelmente, favorece a melhoria da qualidade de vida.
Mâncio Lima tem uma potencialidade turística natural grande por está localizado na Floresta Amazônica, possuir três etnias indígenas e conta ainda com o Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD) que é o quarto maior parque nacional do país. O PNSD foi considerado, por pesquisadores, o local de maior biodiversidade da Amazônia.
Mas para se tornar um pólo turístico Mâncio Lima precisa estar estruturada tanto com infra-estrutura urbana e rural quanto no que diz respeito às condições social, econômica e cultural da população, que vai receber o turista e oferecer algo de prazeroso que satisfaça suas expectativas.para isto a Administração atual está com projeto aprovado para a infra-estruturação do Porto de Mâncio Lima.
A criação do Centro Cultural:onde os jovens vivenciam e participar de grupos de teatro, apresentações musicais, grupos de danças, resgate do folclore local e outras apresentações culturais e sociais contribuirá para que o mesmo saia das ruas deixando o mundo das drogas e embarcando numa nova vida. Esse espaço cultural permitirá momentos de reflexão, crescimento e motivação para melhorar sua condição, buscando viver com mais cidadania e dignidade, além de ser uma opção a mais para o turista que visitar a cidade.